Superestrutura ferroviária: principais componentes

O sistema de transporte ferroviário possui diversas vantagens e benefícios. É uma excelente opção para transportar cargas ou pessoas. As vias férreas são construídas a partir de duas estruturas: a infraestrutura e a superestrutura. Confira:

O que é superestrutura ferroviária?

A superestrutura consiste em uma série de elementos que ficam na superfície da via e pode ser popularmente conhecida entre alguns autores e profissionais ferroviários como Via Permanente. Segundo o dicionário de termos ferroviários do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, superestrutura é a região superior da via, responsável por suportar de forma direta os esforços exercidos pelo veículo e transmiti-los à infraestrutura.

Elementos da superestrutura ferroviária.

1 – Lastro

O lastro é uma camada que se localiza entre a plataforma, normalmente de pedra britada, e os dormentes, que serão apresentados em seguida.

Suas funções são, em resumo, garantir que os esforços do veículo sejam igualmente distribuídos, evitar a movimentação dos dormentes, diminuir trepidações do veículo formando um suporte, atenuar irregularidades e permitir a drenagem da superestrutura.

Portanto, o material do lastro deve possuir características como resistência mecânica e a agentes externos, elasticidade adequada, impermeabilidade e não pode produzir nenhum tipo de pó, que resultará em danos para as rodas e para os passageiros. Vale salientar que o lastro pode ser dispensado caso a plataforma seja rígida de concreto armado.

2 – Dormentes

Como mencionado, esse elemento tem íntima relação com o lastro, pois transmite a ele os esforços do veículo. Além disso, os dormentes garantem a fixação do trilho e mantém constante a bitola, distância entre os trilhos. Dessa forma, eles dão suporte, fixam a bitola, distribuem a carga no lastro e permitem estabilidade da via em todas as direções.

Logo, é necessário que os dormentes sejam rígidos, mas com certa flexibilidade, duráveis, de fixação firme e dimensões ideais para cumprir com as funções.

Para tanto, os materiais utilizados são madeira, aço ou concreto. Os feitos de madeira são adequados quanto às características, porém a fonte muitas vezes é escassa e sua extração possui consequências ambientais que podem ser evitadas. Já os de concreto e aço tem alta durabilidade, sendo que uma desvantagem do concreto é o maior risco de danos por impacto e do aço sua leveza que pode comprometer a estabilidade.

3 – Trilhos

São os trilhos que guiam e sustentam o veículo ao trajeto, funcionam análogamente a vias contínuas e mediam a interação entre rodas e dormentes. Quanto ao material, o aço é utilizado por motivos muito importantes relacionados à resistência e à qualidade. A resistência, por sua vez, é limitada por fatores como desgaste, resultado do atrito constante entre metal e metal e a fadiga, que altera a estrutura do aço e pode causar sua quebra.

Quando se fala de trilhos, deve-se atentar às bitolas, ou seja, a distância entre as faces internas dos trilhos. Existem três bitolas padronizadas: estreita, larga e métrica, porém em 1907 a Conferência Internacional de Berna, na Suíça, definiu a bitola de 1,435 metros como a internacional, utilizada na maioria dos países.

4 – Fixações

Por fim, as fixações mantêm o trilho na posição correta e garantem a bitola. Elas podem ser rígidas ou elásticas. As rígidas são compostas por pregos e parafusos e, por conta da vibração, se soltam com o tempo e perdem a capacidade de resistir aos esforços. Já as elásticas não afrouxam com o fluxo dos veículos e mantêm constante a pressão.

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